Dia 1 – chegada e Centre Georges Pompidou

Vim a Paris visitar uma grande amiga que está aqui em Erasmus. Fiquei alojada na Cité Internationale, onde ela vive, e onde se podem encontrar as várias residências universitárias de cada país. Aterrei no aeroporto de Orly e apanhei o Orly Bus, que parava precisamente na cidade universitária, super práctico!

Como cheguei a meio da tarde fomos directas para o Centre Georges Pompidou e do topo assisti a um dos pores de sol mais incríveis de sempre, com a Torre Eiffel também no horizonte. A exposição de arte contemporânea é incrível – não se esqueçam que quase todos os museus em Paris são grátis para qualquer cidadão europeu até aos 26 anos.

Dia 2 – Les Invalides, Museu Rodin, Museu d’Orsay, Pont des Arts e Sena, Panteão

Comecei o dia em Les Invalides, um monumento que a maioria deixa de fora, mas que me impressionou bastante. A sua cúpula dourada protege o túmulo de Napoleão, enquanto que os outros edifícios alojam o Museu da Armada, que eu não visitei. O túmulo é lindíssimo!

Ao lado encontra-se o Museu Rodin. Aqui só os jardins é que são grátis, mas também é no exterior que se encontra “O Pensador”, logo foi suficiente. Todo o jardim tem esculturas incríveis.

Continuei a pé até ao Musee d’Orsay, um dos meus museus preferidos de Paris, não só pela exposição, mas pelo edifício onde se encontra, uma antiga estação de caminhos de ferro.

Como era o primeiro dia e eu gosto de caminhar, decidi caminhar ao longo do Sena até ao Panteão, passando pela Pont des Arts, apanhando-a ainda cheia de cadeados de casais apaixonados (que entretanto foram removidos pois o peso de tanto cadeado estava a pôr em risco a resistência da estrutura). É engraçado que nunca entrei no Panteão de Lisboa, mas fiquei cheia de vontade, pois este deixou-me de queixo caído! Edifício lindíssimo e enorme!

Dia 3 – Place de la Concorde, Museu de l’Orangerie, Louvre, catedral de Notre Dame, Sainte Chappelle

Comecei o dia na movimentada Place de la Concorde, com o seu imponente obelisco e bonitas fontes. O plano era ir de aí pelos jardim cúbico das Tuieleries em direcção ao Louvre.

Primeira paragem: Musee de l’Orangerie para ver os Nenufares de Monet. Achei mais piada às salas curvas que aos próprios quadros.

Finalmente no Louvre, estive primeiro no exterior a tirar algumas fotografias e a observar a fila gigantesca. Não tinha muito tempo pois tinha combinado almoçar com a minha amiga, então fui ter com o segurança e perguntei se, pelo facto de não ter de pagar bilhete, se podia entrar pela porta de quem tinha o bilhete pré comprado. Entrei logo! Depois cometi o erro de ir para a bilheteira – afinal a fila cá fora é só para passar o detetor de metais – pois achava que, mesmo não pagando, precisava de um papel que provasse que podia entrar. Perdi uns 15 minutos de museu, não precisava de bilhete nenhum, era só mostrar o Cartão de Cidadão ao controlador de bilhetes. Já tinha identificado algumas obras que queria ver, então andei na correria do labirinto que é este museu gigantesco – eu estive no museu só duas horas, se tiverem tempo e paciência para mais, ajustem no roteiro.

Almoçámos na praça do Hotel de Ville – a câmara municipal – e depois atravessámos o Sena para a ilha onde se encontra a Catedral de Notre Dame. Optámos por fazer uma visita guiada que incluía a subida ao topo da catedral. Foi mágico estar ao pé das gárgulas e reviver todo o imaginário da nossa infância associado ao filme da Disney!

Ainda na mesma ilha fomos até à Sainte Chappelle, uma pequena capela ricamente ornamentada, desde os seus tetos pintados até aos seus enormes e detalhados vitrais, onde acabámos o dia.

Dia 4 – Palais Garnier (Ópera), Galleries Lafayette, La Madeleine, Champs Elysees, Arco do Triunfo, Torre Eiffel

Comecei o dia no Palais Garnier, o edifício que acomoda a Ópera de Paris. Aqui todos pagam bilhete, mas tinham-me dito que valia mesmo a pena e tinham razão. Todo o detalhe no interior, em todas as salas e corredores, o museu, vale tudo a pena!

Uma vez que era mesmo ao lado, passei pelas Galleries Lafayette apenas para ver o edifício – numa visita posterior descobri que tem um terraço com vista panorâmica de livre acesso.

Continuei até à Igreja de la Madeleine, com a sua fachada da antiguidade clássica de colunas e frontão, que costuma ter músicos a tocar nos momentos em que não há missa. Infelizmente quando cheguei ia a missa começar.

Daí estamos a dois passos novamente da Place de La Concorde e dos Champs Elysees, que os fiz a pé, de subida, em direcção ao Arco do Triunfo. É do topo do Arco do Triunfo que está a minha vista favorita de Paris, pois é aqui que se vê perfeitamente a Paris de Haussman e todos os monumentos importante da cidade.

Do Arco caminhei até ao Trocadero, o sítio de onde se tiram 95% das fotografias com a Torre Eiffel. O meu plano era subir enquanto ainda era dia e apanhar o pôr do sol, as luzes da cidade a acenderem-se e a noite. Decidi subir a pé os primeiros dois andares pois a fila para o elevador era gigante – estava morta quando cheguei à segunda plataforma (são cerca de 50 andares), mas valeu a pena pois ainda vi a cidade com luz. Para chegar ao topo, aí sim temos de ir de elevador, e como a fila também aí era enorme, quando lá cheguei acima já era de noite. Vale a pena subir a torre uma vez na vida!

Dia 5 – Cité Universitaire (OU Parque de la Villette OU Cemitério do Père-Lachaise), Montmartre, Sacrè-Coeur, Moulin Rouge

Durante a manhã fiquei pela Cité Universitaire para visitar a Maison du Brésil e a Maison Suisse, ambas de Le Corbusier – para quem não se interessa por arquitectura têm aqui meio dia para gastar em compras ou em mais tempo no Louvre. Aproveitei também para dar um largo passeio e ver as outras residências, todas arquitectonicamente interessantes! (Uma opção alternativa para os não interessados em arquitectura é o Parque de la Villette ou o Cemitério do Père-Lachaise)

À tarde fui até à colina de Montmartre para visitar a basílica do Sacrè-Coeur, outro dos meus lugares preferidos em Paris. A basília é lindíssima, a vista para a cidade é única, o bairro artístico de Montmartre é amoroso!

Depois desci a colina para ir até ao Moulin Rouge, mais para fazer um check na lista, que para outra coisa, pois de interessante não tem muito.

Dia 6 – Versailles

Passei o dia todo em Versailles, com a minha amiga. O palácio é enorme e os jardins ainda maiores e, apesar de ter ido no Inverno e a maior parte das estátuas no exterior estarem cobertas por motivos de conservação, valeu totalmente a pena! É um palácio impressionante, como não temos em Portugal, e todos as pequenas residências pelo jardim valem a pena visitar!

Dia 7 – Villa Savoy (Poissy) e La Defense OU Museu du Quai Branly

No meu último dia, como o meu voo era só à noite, pude ainda ir até Poissy, nos arredores de Paris, visitar a Villa Savoy, também do arquitecto Le Corbusier. Para quem é amante de arquitectura, aproveitem pois não fica nada longe.

No regresso passei ainda pela zona moderna de La Defense, onde têm mais um arco, alinhado com o do Triunfo.

Para quem não acha piada ao plano deste dia, sugiro também o Museu du Quai Branly, que visitei noutra altura, e que é super interessante, desde o edifício, à exposição sobre as várias culturas do mundo.

Se não têm sete dias para visitar Paris, podem também ver o meu plano de 5 dias, embora um pouco diferente, pois foi a minha 4ª visita à cidade, logo evitei alguns lugares que já conhecia, mas acompanhada por pessoas em que era a primeira visita, logo visitámos todos os pontos obrigatórios.

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