Se leram os meus dois últimos posts, sabem que marquei um voo para o Luxemburgo em parte porque tenho dois amigos a viver em Metz, uma bonita cidade francesa a uma hora de comboio para sul. Esperei pelo fim de semana para que a minha anfitriã e amiga Sofia me pudesse mostrar as redondezas, mas o dia começou no Centro Pompidou, ainda sozinha, já que a entrada no museu é paga.

É verdade, não é só em Paris que há um Pompidou, também a cidade de Metz teve direito a um museu de arte contemporânea, cujo desenho arquitectónico tem a assinatura do japonês Shigeru Ban. Confesso que só quando vi a maquete do edifício é que percebi bem a arquitectura do espaço e logo me pareceu muito mais interessante, os três paralelepípedos sobrepostos com uma “manta” por cima. Isto deveu-se ao facto de só metade das salas estarem abertas, nas outras estavam a mudar a exposição (e por isso só cobravam meio bilhete), o que me levou a não conseguir ter a noção do espaço, uma vez dentro dele, até porque não se podia infelizmente aceder a nenhuma das janelas com vistas para Metz.

Voltei então até casa, almocei com o Antoine e com a Sofia e à tarde ela foi-me mostrar Metz. Começámos pela Porte des Allemands, não muito longe de casa, e fomos pelo caminho mais longo, pelas margens do rio La Seille e depois pelo Moselle, até ao centro de Metz. Primeira paragem, a bonita ilha cujo nome não sei, mas onde podemos encontra o Temple Neuf, a Prefeitura de Moselle, a Ópera e outro Jardim Efémero, na praça da Ópera, tal como o que pude visitar em Nancy.

Atravessámos o rio e explorámos as ruas do centro histórico. Vimos o Mercado, a Catedral, tudo por fora, voltaria três dias depois para as visitar por dentro. Aproveitámos para comprar algumas delícias locais para o jantar – Pâté Lorrain, queijos, enchidos e diferentes pães.

Continuámos até à Place de la Repúblique em direcção ao Plan d’Eau, um lago artificial no meio de um parque verde, coração da cidade no Verão, quando se enche de praticantes de vários desportos aquáticos. Apetecia-nos lanchar e a Sofia levou-me ao seu lugar favorito na cidade, o café Fox, um espaço muito bonito, de decoração vintage.

Terminámos o passeio na Place Saint Louis, para mim a mais bonita da cidade, com as suas arcadas, todas elas diferentes umas das outras. Quando chegámos a casa, o Antoine tinha acabado de pendurar o candeeiro sobre a mesa de jantar – eles compraram a casa há pouco tempo e ainda a estão a montar – e estavam os dois a adorar a nova iluminação! Jantámos as delicatessen que tínhamos comprado no nosso passeio, acompanhado por um belíssimo vinho da região! 

No dia seguinte fui até Saarlouis, na Alemanha, visitar a minha família de acolhimento de quando fiz AFS. Voltei a ver os avós maternos, já não os via há quase 10 anos! E a minha mãe alemã há dois, por causa da pandemia… E no dia depois voltei ao Luxemburgo, pelo que só três dias depois é que voltei a passear por Metz. Era na verdade o meu último dia por estas terras, voava para Lisboa nessa mesma tarde, pelo que tinha a manhã para aproveitar.

O dia amanheceu cinzento e chuvoso, o que também significava uma subida de temperatura muito bem vinda. A ideia era passear pelas ruas de Metz e depois visitar a lindíssima catedral! Que incrível luz, que incrível colecção de vitrais! Uma das catedrais mais interessantes que já visitei!

Era finalmente hora de apanhar o comboio para o Luxemburgo e daí o autocarro (que lembro que é grátis, como todos os transportes públicos neste país) para o aeroporto. Não posso deixar de agradecer à Sofia e ao Antoine pela maravilhosa recepção, por todas as conversas, jantares, dicas de visita! Mal posso esperar por voltar a vê-los em qualquer lugar do mundo!

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