Regressou a estadia em Varsóvia! Quando entrei na TAP só havia ida e volta à capital polaca, as más-línguas dizem que a beleza das polacas dava em tantos divórcios que a estadia acabou. Mas assim que regressou, pedi a melhor estadia que existia – aquela em que ficamos 48 horas em Varsóvia. E sem me dar conta pedi a estadia de 6ª a domingo, pelo que desafiei a minha mãe a vir comigo.
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Voo nocturno para lá, chegámos ao hotel por volta das 9h, dormimos duas horas e saímos para passear. O nosso hotel fica ao lado do Palácio da Cultura e da Ciência, edifício de arquitectura totalitarista soviética e o mais alto da Polónia. Contornámos o edifício à procura da entrada para o terraço panorâmico mas quando o encontrámos, a fila era tal que optámos por não esperar.
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Deslocámo-nos em Varsóvia maioritariamente de bicicleta. A cidade tem um sistema de bicicletas partilhadas chamado Veturilo com mais de 5500 bicicletas pela cidade, docas por todo o lado. A “inscrição” na aplicação custa 10zl (~2,35€) e os primeiros 20minutos são sempre grátis e se ultrapassar-mos esse tempo é muito barato (nos dois dias, que estivemos sempre a usar, gastámos menos de 5€, já com a inscrição).
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Agarrámos então nas bicicletas, passámos pelo Monumento do Soldado Desconhecido e chegámos à Cidade Velha, que é na verdade é uma réplica dessa cidade, totalmente bombardeada durante a 2ª Guerra Mundial. Antes de entrarmos na cidade muralhada decidimos almoçar num dos muitos restaurantes com esplanadas, cujas empregadas estão vestidas com trajes típicos, e comer um dos pratos típicos polacos, pierogi – uma espécie de raviolis recheados com todo o tipo de coisas. Pedimos dez diferentes para dividir e duas cervejas enormes e não pagámos quase nada! A Polónia é dos países mais baratos em que já estive, onde podemos pedir o que quisermos sem olhar a custos e ainda assim a conta vem mais baixa do que se esperava.
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Subimos à torre da igreja de Santa Ana, com vista para a praça Zamkowy, uma das entradas da muralha da Cidade Velha (Stare Miasto), com as suas casas coloridas e bem mantidas. Percorremos as belas ruas até à Praça do Mercado, a praça principal da cidade velha, onde se encontra a estátua da sereia de Varsóvia – uma sereia com rabo! Saímos da cidade muralhada pela outra saída, a porta Barbican, que leva à cidade nova (Nowe Miasto) onde nos refrescámos com gelados e uma Coca Cola.
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Daí agarrámos nas bicicletas e fomos até ao Museu POLIN sobre a história dos judeus polacos, uma das maiores comunidades que viviam no maior guetto do mundo, ali em Varsóvia, e mais tarde chacinados durante o Holocausto. Infelizmente o museu já estava fechado mas pudemos ver o Monumento aos Judeus e o museu por fora, cujo edifício é lindíssimo. Voltámos às bicicletas e descemos até ao rio Vistula, cuja margem está cheia de vida, bares, fontes onde as crianças brincam, estátuas e até o Museu do Design. Quase uma hora depois chegámos ao hotel, onde tomámos um duche rápido, para sair para o Nocny Market (o mercado nocturno), um local com bancas de comida de todo o mundo.
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No nosso segundo dia o plano era agarrar na bicicleta e ir para sul, explorar os enormes espaços verdes da capital polaca. Antes disso ainda fomos ver a estátua de Copérnico, entrámos na igreja onde está o coração de Chopin – na altura não sabíamos, só entrámos pois eu queria ver se é verdade que as igrejas polacas têm pessoas a rezar a todas as horas e sim… Chopin está um pouco por toda a cidade, desde bancos que contam a história e tocam música deste compositor, à própria casa-museu, por onde também passámos.
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Entrámos então nos bosques e jardins de Varsóvia, das cidades mais verdes que já vi! Íamos um pouco sem rumo, seguindo o que nos apetecia, desde monumentos soviéticos, até às praias do rio Vistula, chegando finalmente ao parque Łazienki, com lagos e palácios um pouco por todo o lado e o grande monumento a Chopin! Queríamos visitar este parque, não só pela sua beleza mas também porque havia concertos grátis a cada hora em todos os fins de semana de Julho. Depois de passeamos pelo parque e fotografar o belo palácio de Łazienki, assistimos ao concerto das fabulosas Sutari, um trio de raparigas que tocam música tradicional polaca with a twist.
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Jantámos na rua Nowy Swiat, uma rua cortada ao trânsito ao fim de semana, cheia de restaurantes. A minha mãe ainda foi para uma milonga e eu regressei ao hotel, pois no dia seguinte saíamos de madrugada para regressar a Lisboa.
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