Quando tinha 5 anos, os meus pais levaram-me a Paris, à Disneyland. Tenho poucas recordações dessa visita e já com 22, quando estava de Erasmus em Florença e por ter uma amiga em Paris, também ela em Erasmus, decidi que era tempo de voltar e aí passei 7 dias na capital francesa. Mal sabia eu que no mesmo ano ia regressar à cidade da luz para o centenário da AFS e que, no ano seguinte ia viver com duas francesas no México.

Estes 5 dias em Paris foram integrados numa viagem de um mês por Espanha, Portugal e França, que fiz com as minhas roomies francesas e os nossos “quase roomies” mexicanos. Nesta viagem não nos focámos tanto em visitar museus por dois motivos: um, os mexicanos tinham de pagar entrada em tudo, pois a entrada só é gratuita, até aos 26 anos, para cidadãos europeus, dois, as europeias já conheciam e não tinham tanto interesse em repetir. Ainda assim passámos por todos os lugares importantes, nem que fosse para ver por fora.

Dia 1

O apartamento em que estávamos ficava perto de Montmartre, então no primeiro meio dia, pois viajámos de manhã, apenas caminhámos perto da casa, fizemos algumas compras de supermercado e visitamos o Sacré Coeur. O bairro de Montmartre continua a ser um dos meus favoritos em Paris, não só por estar numa colina e ter vistas para a cidade, como por toda a vida que concentra, os bares e cafés cheios ao fim da tarde, a luz…

Dia 2

No 2º dia fomos directamente para o centro de Paris. Passámos pelo Centro Pompidou, para que os meninos observassem a obra de Renzo Piano, e seguimos para a Catedral de Notre Dame, essa sim devidamente visitada. Aí encontrámos os nossos amigos alemães, fizemos um piquenique nas traseiras da catedral e continuámos o passeio ao longo do Sena. Decidimos apanhar o metro para ver a Torre Eiffel, desde longe, desde baixo, mas não desde cima. Era Verão e não queríamos passar horas em filas. Caminhámos até ao Arco do Triunfo, de onde vimos os Champs Elysees e decidimos voltar para casa. Depois do jantar, e como era ali mesmo ao lado, fomos ver o bairro do Moulin Rouge à noite, completamente diferente de dia, pois já tinha os neons todos ligados e as sex shops bem visíveis.

Dia 3

O terceiro dia começou onde tínhamos terminado no dia anterior, no Arco do Triunfo, para descer a Avenida des Champs Elysees. Demorámos três horas porque os rapazes queriam entrar em todas as lojas de automóveis… Passámos a Praça La Concorde e fomos até ao Museu de l’Orangerie, pois a Marie, uma das francesas, nunca o tinha visitado. Desta vez já fotografei os Nenufares de Monet, que da vez passada me tinham dito que era proibido fotografar. Começou a chover muito, à saída do museu, e tivemos de nos abrigar no Carousel du Louvre, um centro comercial gigante subterrâneo, mesmo debaixo do Louvre. O museu em si já estava fechado. Quando a chuva parou subimos e estivemos a tirar fotografias com a famosa pirâmide do arquitecto I. M. Pei. Daí decidimos caminhar até à Torre Eiffel, pois é a pé que melhor se visitam as cidades. Fomos ao longo do Sena, passando o Museu d’Orsay, onde entrámos rapidamente para os rapazes verem a “gare”. Mais à frente vimos Les Invalides, onde se encontra o túmulo de Napoleão, e chegámos finalmente à Torre Eiffel, já iluminada, como a queríamos ver.

Dia 4

No nosso quarto dia em Paris, dividimo-nos em dois grupos. O Jorge, oOmar e a Anaïs foram visitar o estádio de futebol do Paris Saint Germain e o túmulo de Porfirio Diaz, ex-presidente/ditador do México e que é da cidade deles, enquanto a Marie e eu fomos ao Museu do Quai Branly, um museu sobre artes e civilizações, dos continentes africano, asiático, americano e oceânico. O design do edifício é do arquitecto francês Jean Nouvel e é um museu super completo e muito interessante! Passámos lá toda a manhã.

Encontrámo-nos todos no Parque de La Villete, onde fizemos um piquenique, mas estava a chover, logo não foi fantástico. Demos uma volta pelo parque, muito curioso, principalmente para quem gosta de arte, escultura e arquitectura e terminámos o tour na nova Filarmónica de Paris, também do arquitecto Jean Nouvel, e com claras inspirações no trabalho de Escher.

Dia 5

Com três arquitectas no grupo, os rapazes foram arrastados para a Fondation Louis Vuitton de Frank Gehry. Esta foi inspirada nas velas dos barcos e foi construída realmente sobre água. As cores da fachada são apenas uma intervenção temporária de Daniel Buren, sendo esta normalmente toda branca.

Depois apanhámos o metro de volta ao centro de Paris e visitámos a belíssima Place Vendome, que eu não conhecia, apesar de tão perto do Palácio Garnier, por mim já visitado. Fomos até às Galerias Lafayette, descobrindo desta vez que estas têm um terraço de acesso gratuito, com uma óptima vista para a Ópera de Paris, mesmo ao lado, e para toda a cidade. Caminhámos até casa e preparámos tudo pois no dia seguinte de madrugada partíamos para Rennes.

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