A minha amiga Mariana desafiou-me a um passeio de balão em Coruche, uma experiência que lhe tinham oferecido mas por questão de circunstâncias menos felizes (para ela, não para mim :P) me pediu para a acompanhar! Disse logo que sim, imaginando dezenas de balões, como na Capadócia, mas agora sobre a lezíria do Tejo.
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Fomos um dia antes para Coruche, uma vez que o passeio partia às seis da manhã, e ainda tivemos tempo de dar uma voltinha pela cidade, demasiado deserta para um sábado à tarde, subir à Igreja de Nossa Senhora do Castelo, falar com algumas velhotas e ainda jantar no Sabores de Coruche, o melhor restaurante das redondezas, segundo locais.
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No dia seguinte saímos então de madrugada do hotel para encontrarmos apenas um balão, para cerca de 20 pessoas, e das paisagens mais bonitas que eu já vi em Portugal! Depois de encher o balão de ar quente e do briefing para a aterragem, começámos por sobrevoar os arrozais, com o sol mesmo a espreitar do horizonte! As sombras longas, os raios que perfuravam as árvores, o rio Sorraia, os cães a ladrar com a aproximação do gigante no céu, as vacas a fugir, o rebanho de ovelhas guiado pelo cão pastor que faz lembrar o fluxo de um rio, os campos circulares, a neblina matinal alojada junto à água e os fornos de carvão, tão fotogénicos!
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Aprendemos que de manhã está mais frio junto a terra do que em altitude e que há medida que o dia vai avançando, o chão vai aquecendo, essa massa de ar frio sobe e assim deixa entrar o vento. Aprendemos que num balão não há nenhum controlo da direcção, apenas um conhecimento excepcional dos ventos para saber como levar o balão de ponto A a ponto B, subindo e descendo consoante a necessidade. Aprendemos (se bem que já sabíamos) que o nosso país é lindo!
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Muito obrigada à Mariana e à Windpassenger pela experiência!
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