Da primeira vez que voei para Telavive fui a Jerusalém, pelo que da segunda teria mesmo de visitar a cidade para onde voamos! Uma das maiores atracções de Telavive é Old Jaffa, supostamente o centro antigo de uma cidade-porto vizinha – Jaffa. Como muitos lugares em Israel, é famosa pela associação com algumas histórias bíblicas como a de Salomão. Apesar do seu ar mais antigo a maior parte da cidade foi reconstruída durante o controlo Britânico após os repetidos danos infligidos durante as guerras napoleónicas e pelo terramoto de 1837. Mais tarde ficou conhecida pelas suas doces laranjas. Hoje em dia é um sítio bastante turístico, israelitas não se vêm muitos e judeus ortodoxos, daqueles fotogénicos, nenhum.
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Começámos o dia na feira de Jaffa, onde abundavam tapetes, velharias e souvenirs. Havia também uma área que era tal e qual a Feira da Ladra. No porto de Jaffa esperava encontrar barquinhos fotogénicos mas só vi veleiros modernos e um outro barco turístico.
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Finalmente entrámos em Old Jaffa, que não é muito grande. Tem muitas galerias de arte e até arte na rua. As placas dos números das casas e dos nomes da rua são de um azul turquesa que contrasta com a cor terra das paredes. Em todas as portas encontramos uma mezuzá, que é o nome de um mandamento da Torá que ordena que seja afixado no umbral um pequeno rolo de pergaminho (klaf) – hoje em dia de metal ou madeira – que contém as duas passagens da Torá que ordenam este mandamento. A mezuzá deve ser afixado no umbral direito de cada dependência do lar, sinagoga ou estabelecimento judaico como lembrança do criador – de facto quando regressei ao hotel reparei que havia uma em todas as portas dos quartos.
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No topo de Jaffa encontramos um miradouro que permite ver toda a nova cidade de Telavive e a sua longa praia que acompanha toda a cidade. Aqui também está uma ponte que guarda uma antiga lenda: esta ponte tem os 12 símbolos dos signos do zodíaco e se pedirmos um desejo, enquanto tocamos no nosso signo e olhamos para o mar, este será realizado. Desta ponte também se vê a igreja de São Pedro.
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A cerca de 2,5km de Old Jaffa encontramos o Mercado de Carmel. Entre um lugar e o outro caminha-se calmamente ao longo do mar. Vai-se deixando a cidade antiga para trás e aproximando dos arranha céus da nova Telavive. Na praia há muitos surfistas e muitas áreas em que só eles podem entrar na água, onde é proibido nadar. Pela primeira vez na vida vi muçulmanas na praia e achei delicioso, uma prova que independente da cultura e da quantidade de trapos que temos de ter, sempre é possível aproveitar do maravilhoso que é um mergulho no Mediterrâneo.
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Vi igrejas e vi mesquitas mas estranhamente não dei pelas sinagogas, provavelmente mais discretas. Cheguei finalmente ao Mercado de Carmel e fiquei logo admirada com o modo como apresentam as suas romãs, sem dúvida a melhor forma de atrair os fãs desta fruta – infelizmente não é o meu caso. Vi muitas bancas de baklava e almocei um prato maravilhoso de que nunca tinha ouvido falar: Şakşuka. Um prato à base de molho de tomate e ovo de que fiquei verdadeiramente fã! Experimentei também uma cerveja israelita, também muito agradável!
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Voltei ainda uma última vez à marginal pois fiquei fascinada com a vida à beira mar, cheia de bonitos e bonitas israelitas, a andar de bicicleta, a correr ou a fazer exercício num dos vários pontos com máquinas de ginásio espalhadas ao longo da praia. De aí apanhei o autocarro para o nosso hotel, a cerca de 50min a norte da cidade, onde ainda dei um óptimo mergulho na praia mesmo à frente do hotel!
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