Quando se é português deve-se ir pelo menos uma vez na vida aos Açores. O problema é que quando vamos apaixonamo-nos por este maravilhoso arquipélago e temos de regressar! A vantagem é que temos 9 ilhas para explorar e eu fui visitar a minha segunda, a Terceira (não se confundam com os nomes 😛 ). Foi um voo que pedi pois sabia que a estadia na terceira ilha deste arquipélago descoberta ia ser interrompida durante o Inverno. Inconscientemente mas felizmente pedi para dias em que o Jorge estava de folga e assim ele pôde acompanhar-me nesta visita express.

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Ficámos no hotel Azoris Angra Garden, que me deixou logo feliz por ter bolo lêvedo e bolachas Mulatas da Moaçor ao pequeno almoço. Depois tem este nome porque se situa em Angra do Heroísmo e dá para o jardim da cidade e a praça velha. Na meia hora que esperávamos pelo carro que íamos alugar, facultado pelo hotel Terceira Mar, que tem parceria com os tripulantes da TAP, demos uma volta ali no centro de Angra e depois subimos até ao Pico da Memória, um miradouro dentro do jardim de onde se pode observar a cidade e o Monte Brasil.
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Foi precisamente este Monte a primeira coisa que visitámos já com carro. Fiquei cheia de vontade de ver com mais calma Angra e fazer o trilho a pé do Monte Brasil, terá de ficar para outra vez. Logo daqui e ao longo de todo o caminho entre Angra e os Altares, pela EN1-1A, tive a boa surpresa de poder ver as ilhas de São Jorge, o Pico por trás, e também a Graciosa! Ficava também muito excitada quando via um Império do Divino Espirito Santo, pequenas capelas de arquitectura típica a este culto tão açoriano, bem coloridas e super fotogénicas. Infelizmente só vi duas pelo caminho e só uma ficou bem fotografada!
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Estávamos há demasiado tempo na EN1-1A, sempre junto ao mar e por isso sempre habitadas e o Jorge queria ver campo, perder-se em sítios inabitados, pelo que decidimos subir à Serra de Santa Bárbara, ponto mais alto da Terceira, de onde sabíamos que não íamos ter vista nenhuma pois essa zona estava claramente nublada. Ainda assim ele adorou, pudemos ver vacas felizes, os muros tão típicos deste arquipélago e paisagens bonitas de verde e nevoeiro!
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Finalmente parámos para almoçar no restaurante Caneta, onde comi a típica alcatra com a fantástica massa sovada! Adorei, não estão a perceber! MARAVILHOSO!
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À tarde é que visitámos a maioria das atracções da ilha. Começámos pelas Piscinas Naturais dos Biscoitos onde ainda demos um mergulho. É sem dúvida um lugar onde vale muito a pena passar meio dia ou até um dia! A água transparente e calma, pois a rocha vulcânica ao largo absorve a força das ondas – mas levem sapatos para a água ou chinelos que fiquem agarrados ao pé pois é muita rocha e a água não é quente, logo não dá para entrar de uma vez.
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Daí fomos até ao Algar do Carvão, uma chaminé vulcânica lindíssima. A entrada custa 6€ e tem um horário bastante específico, dependendo da altura do ano, logo informem-se antes de lá ir. Gostei mas as expectativas eram mais altas do que a realidade – muito parecido a um cenote yucateco mas sem água.
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Logo ao lado temos as Furnas do Enxofre, único vestígio de actividade vulcânica activa nesta ilha, mas “ridículas” quando comparadas com as Furnas em São Miguel. Aliás, aquele cheiro nauseabundo habitual do enxofre só é sentido mesmo em cima das furnas. Já o seu acesso é do mais bucólico e romântico que vimos em todo o dia!
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O último ponto visitado, o preferido do Jorge, que ficou muito chateado por termos de ir embora pois o carro tinha de ser devolvido, foi o miradouro da Serra do Cume. Daqui podemos ver a típica “manta de retalhos” açoriana, marcada pelos tais muros referidos anteriormente. Levem agasalhos pois é um lugar hiper ventoso, e valerá totalmente a pena principalmente para um pôr do sol de um dia limpo.
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Esse já o vimos de volta no hotel, Angra do Heroísmo e o Atlântico banhados por uma luz rosa fantástica. À noite choramingávamos por termos de regressar no dia seguinte. A Terceira inesperadamente conquistou-nos!
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