Muitos de vocês provavelmente já o sabiam, mas a Oktoberfest (festa de Outubro, em alemão) festeja-se mais em Setembro do que em Outubro. Começa no penúltimo fim de semana de Setembro e termina no primeiro de Outubro – este ano, portanto, de 22 de Setembro a 7 de Outubro.

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Esta estadia não vinha no meu planeamento e ainda na Terceira tinha ouvido o comandante, há 12 anos na TAP, e a chefe de cabine, há 22, dizerem nunca ter apanhado uma estadia em Munique durante o Oktoberfest. Qual foi a minha surpresa quando vi, no grupo das trocas, alguém que a tinha e não a queria fazer. Mais surpresa fiquei quando a rapariga aceitou o que eu tinha para a troca – 4 dias sempre a voar, com duas noites no Porto e outra em Londres.
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Assim que chegámos ao hotel, já passava da meia noite, combinámos todos encontrar-nos bem cedo no seguinte dia, uma vez que a festa abria às 10h e o comandante já ter tido a experiência de lá chegar às 12h e ficar uma hora à espera para entrar.
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Chegámos às 10h30 e estava tranquilíssimo, poderíamos ter chegado bem mais tarde – aliás durante todo o dia não me pareceu poder haver filas para entrar, incluindo às 17h, hora a que saímos, e quando de facto estavam a chegar todos aqueles que trabalham. Atenção que não deixam entrar mochilas grandes. Eu tive de deixar a minha mochila da câmara nos bengaleiros, que eles instalam um pouco por todo o lado, pelo valor de 4€.
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A Oktoberfest encontra-se na Theresienwiese, uma área gigantesca toda cimentada, que nem quero imaginar como será quando não há Oktoberfest, a uns 8min a pé da estação central. É realmente enorme, muito maior do que tinha no meu imaginário. É também muito mais “feira popular” do que imaginava. Temos ainda muita gente vestida a rigor, homens de Lederhosen e meias (e alguns com uma “meia para as canelas”, a minha peça favorita do dia) e mulheres de Dirndl. Com os 6º-12ºC que fizeram nesse dia, admirei-os muito!
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Depois cada cervejeira tem o seu pavilhão, uns maiores que outros. Depois de darmos uma volta de reconhecimento pela rua principal o da Löwenbräu convenceu-nos com o seu rugido de leão à porta. No interior mesas e mesas corridas, um coreto no meio para a banda e muitos litros de cerveja nos braços fortes das empregadas – esqueçam a mini portuguesa, aqui é mesmo ao litro de cada vez. Servem também comida e há sempre pessoas a passar com os brezels mais caros que já vi – 5€ cada! As mesas são de 10 pessoas, por isso o nosso grupo de 6 teve depois de partilhar mesa, porque apesar de gigante, tudo enche. O meu pavilhão favorito foi no entanto o da Hacker-Pschorr, com um tecto lindíssimo, como se do céu se tratasse, e imagens do mais emblemático de Munique a toda a volta. Cada cervejeira traz a meio do dia a sua carroça puxada por seis lindíssimos cavalos, que ficam parados à frente de cada pavilhão para deleite de todos!
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É gratuita a entrada no Theresienwiese e cada litro de cerveja custa aproximadamente 11,5€, dependendo da cervejeira. Há opções de comida mais ou menos acessíveis mas em geral é caro – eu, por exemplo, paguei 13€ por duas salsichas e uma dose de batata frita. Já a parte do parque de diversões me pareceu caríssima. Andei em apenas duas atracções, a roda gigante (5,5€) para ter uma vista geral da área e da cidade ao fundo, e uma montanha russa diabólica com cinco loops (8,5€) de onde saí meio mal disposta.
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No geral gostei da experiência, mas penso que será ainda mais giro mais tarde, a partir das 17h, quando está mesmo ao barrote.
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