Depois do devido descanso e de um belo pequeno almoço, eu e uma colega tripulante saímos do hotel em direcção à estação de comboio, descansadas pois o recepcionista nos tinha dito que passava um comboio para Milão, ainda a quarenta minutos de distância, a cada 20min. Quando estávamos quase a chegar à estação, passou um comboio, pelo que percebemos logo que íamos ter de esperar uns minutos pelo próximo. Fomos muito confiantes ao bar da estação comprar bilhete e é aí que a senhora que lá trabalhava nos dá a bela notícia que só há comboios a cada hora, excepto aos domingos que é a cada duas horas… já perceberam que era domingo, certo?
Nós tínhamos decidido que íamos a Milão porque a previsão metereológica era de chuva e trovoada. Para a Tatiana, a minha colega, seria a primeira vez nessa cidade, eu tinha pensado em ir até ao Lago Maggiore, a Stresa e às suas ilhas borromeas. O céu não mostrava sinais de chuva tão cedo e até fazia bastante calor. Faltavam então duas horas para o comboio para Milão e uma para o comboio para os lagos. Havia ainda a possibilidade de ir até à próxima estação de comboio, a 10km, que daí haveriam mais comboios, mas naquele pequeno fim do mundo nem taxis havia… Decidimos arriscar e ir até ao lago, não a Stresa, mas a Arona, mais perto.
Enquanto esperávamos veio um senhor perguntar se sempre queríamos ir para a cidade com a estação maior. Disse-lhe que já tínhamos comprado os bilhetes para o lago. E então ele pergunta-nos quantos anos tínhamos. “Ah, é que o meu amigo disse-me que só vos levávamos se fossem maiores de idade” loool
Depois de meia hora de atraso e conhecermos dois velhotes irlandeses que esperavam pelo mesmo comboio, lá fomos nós até Arona, a apenas 25 minutos de Somma Lombardo. O lago estava logo a poucos metros da estação e porque era domingo, havia muitas famílias a passear, muitas crianças e um número enorme de cães a ser passeados.
Arona é uma vila típica italiana, com a arquitectura inconfundível de Itália, as cores quentes, a pedra, e neste caso, o bonito lago, Angera na outra margem e os Alpes ao fundo. Caminhávamos ao longo do lago quando identificámos a Via Cavour, a zona pedonal, coberta por coloridos guarda-chuvas. Apaixonámo-nos pela Piazza del Popolo, uma praça aberta para o lago, que nos lembrava um pouco o Terreiro do Paço, se bem que bem mais pequena e em italiano. Aí almoçámos, a preços super aceitáveis e depois comemos um gelado no Corso Guglielmo Marconi, a marginal do sítio.
Regressámos a Somma mesmo a tempo de nos escaparmos da prevista chuva e assim acabou a minha primeira estadia com a TAP, cedo, pois a alvorada era às 3h40 para trazermos passageiros para Lisboa logo às 6h da manhã.
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