Na verdade, quando eu me candidatei só tinham estas opções: Gent (Bélgica), Aalborg (Dinamarca), várias opções na Alemanha como Wuppertal, Darmstadt, Münster e Wiesbaden, Atenas (Grécia), Iasi (Roménia), Madrid e Valladolid (Espanha), Bath (Reino Unido), Vilnius (Lituânia) e Salerno e Palermo (Itália). Portanto quase nenhuma capital, não queria Espanha porque era demasiado perto, não queria a Alemanha ou o Reino Unido porque queria aprender uma quarta língua (para quem não sabe o meu primeiro intercâmbio foi na Alemanha com a AFS), e muitas das restantes opções não me atraíam. Decidi então que ia para a Dinamarca, uma vez que sempre tive um fascínio pelos países nórdicos mas depois comecei a ver quanto custavam as coisas e fiquei preocupada novamente. O meu pai perguntava-me sempre porque é que eu não ia para Itália e a razão principal é que eu conhecia pessoas da Universidade de Palermo e todas me diziam que o ensino não era bom, para além de que não queria ficar “presa” numa ilha. Respondi-lhe que só ia para Itália se fosse para Florença… e duas semanas antes da entrega dos documentos o Gabinete de Relações Internacionais manda um mail a toda a gente: arquitectura tinha um novo protocolo com a Universitá degli Studi di Firenze!
Não tinha desculpas! A cidade estava bem localizada para visitar importantes cidades do norte de Itália, ficava perto de um aeroporto com voos low cost (Pisa, a uma hora de distância) e podia aprender italiano, que seria muito mais fácil que dinamarquês – e as aulas seriam todas em italiano (tirei os meus cursos de italiano dentro do ISCTE, no CCL,e foi bastante acessível! Eles oferecem aulas de imensas línguas e com vários horários).
Depois de lá chegar percebi que tinha escolhido bem a cidade! Florença tem vários grupos de estudantes que organizam imensas actividades e viagens por preços muito acessíveis, como a ESN Florentia e o Erasmus Firenze ISF. Com eles fui a algumas festas, jantares internacionais onde cada pessoa leva comida típica do seu país, aperitivos e imensas viagens – Trento, Verona, Mantua, ao Carnaval de Viareggio (também havia uma viagem para o Carnaval de Veneza mas eu preferi este), San Gimignano, Certaldo, Montiriggione, Nápoles, Pompeia, Caserta, Génova, Perúgia, Assis…
A cidade é incrível, tem imenso para ver, imensos sítios para descobrir e apesar de ser um pouco cara, por ser muito turística (Vejam o meu post “Quanto custa viver em Florença“), todos os estudantes de arquitectura e história de arte podem entrar de graça em quase todos os museus, não só em Florença, mas no país todo. E todos os vossos amigos vão querer aproveitar o facto de terem estadia grátis numa das cidades mais bonitas do mundo, por isso esperem ter visitas o tempo todo.
A parte que eu menos gostei foi da universidade em si. Os italianos não são um povo organizado e eu não senti ter aprendido muito mas também há vantagens: as notas são sempre altíssimas, se não tiver mais de 28 (em 30) é porque de facto o trabalho não era nada bom, se gostam de trabalhar em grupo, eles só quase trabalham em grupo e mesmo trabalhando imenso, os professores vão dar-vos melhores notas só porque somos estudantes de intercâmbio (o meu professor de história subiu-me a nota porque gostava muito das minhas fotografias, palavras dele!)!
Se estiveste em Erasmus em Florença ou em Itália e tens alguma dica ou razão para adicionar, comenta em baixo! Se estás a pensar ir para lá mas ainda tens dúvidas, não tenhas medo de escrever-me!
- Cidade espectacular e central em Itália
- Aprender italiano, uma das línguas mais bonitas do mundo – e a universidade até oferece aulas de italiano
- Bons aeroportos por perto com voos low cost para visitar os outros amigos que estão de Erasmus pela Europa ou para eles virem visitar-vos
- Grupos de estudantes que organizam viagens incríveis e baratas para Erasmus
- Um ambiente muito internacional, mas onde também estão muitos italianos – a maioria dos meus amigos lá era italiana
- Bónus: se és um AFS’er, podes contar com todo o apoio dos voluntários da Intercultura Italia, eles são provavelmente o país mais organizado e com voluntários mais activos dentro da organização
Se gostaram deste post e querem ler mais sobre as minhas viagens a Itália, podem visitar os seguintes posts: