Voo*
Comprei o voo no final de Maio, para viajar a meio de Novembro. Tinha lido que era o mês mais barato para viajar para o Japão, sem perceber bem porquê, uma vez que íamos apanhar o koyo, as cores de Outono, muito procuradas pelos turistas. Como de costume procurei na momondo e experimentei várias datas, até encontrar a melhor oferta. Voei com a Turkish Airlines, com escala em Istanbul e com horários de viagem excelentes, tal como escalas curtas (média de 3horas) e o voo ficou a 518,4€, ida e volta. Acabei por comprar directamente no site da Budget Air, que a momondo me apontava, pois tinha um valor mais baixo que o próprio site da Turkish Airlines.
Alojamento*
Ia num grupo de quatro e normalmente viajar em grupo fica mais barato, especialmente se procurarmos um Airbnb, que geralmente custa o mesmo independentemente do número de pessoas que vão usufruir do espaço. Procurámos por casas inteiras, que oferecessem wifi portátil e perto de paragens de metro ou autocarro, no caso de Quioto. Ficámos 14 noites entre Tóquio, Quioto e Osaca, e cada um pagou em média 18,8€ por noite, perfazendo um total de 263,2€. Também usámos dois vales que tínhamos de 30€ cada um da Airbnb por criar contas novas (com segundos e-mails que temos 😉 Portanto se não tívessemos esses descontos cada um teria pago mais 15€, fazendo um total de 278,2€.
JR Pass*
Foi opção nossa comprar o JR Pass e não é obrigatória, apesar de muito recomendável. Há a opção de 7, 14 e 21 dias, respectivamente 214€, 342€ e 438€. Como nós íamos estar 14 dias, mas considerámos que não compensava ter o passe enquanto estávamos em Tóquio, comprámos o de 7 dias, logo gastámos 214€.
*Estes foram os gastos que tivemos antes de chegar ao Japão e apesar de parecerem elevados, como tivemos um pouco mais de cinco meses entre a compra do voo e a partida, deu para repartir os gastos pelo tempo, de forma a não se sentir tanto no orçamento familiar.
Mal chegámos ao aeroporto de Narita comprámos o cartão PASMO, recarregável e que se pode devolver no final e recuperar o dinheiro que ainda se tem no cartão. Este cartão serve em todos os metros do país e também no comboio entre Narita e Tóquio. Em Quioto e em Hiroshima andámos algumas vezes de autocarro, que ou se pagavam as viagens uma a uma, ou se comprava bilhete diário (no caso de Quioto), que compensa se soubermos que vamos fazer mais de três viagens no mesmo dia. Caminhámos muito (cerca de 17km por dia), mas também apanhámos muitos transportes. Ainda em Hiroshima, em Himeji e em Narita tivemos de deixar as malas em cacifos, pois estávamos a mudar de Airbnb. No total gastámos 96,5€ em transportes, sendo que 13€ foi em cacifos.
Alimentação
Divido a alimentação em dois campos: 1. as refeições em restaurantes/street food e 2. as compras em supermercados, lojas de conveniência ou vending machines.
- É possível encontrar comida excelente por preços muito aceitáveis. Em todo o lado se encontram ofertas a menos de 800¥ (~6€) e só em algumas ocasiões – como nas três vezes que comemos sushi – é que ultrapassámos essa fasquia. Comemos quase sempre fora, pois queríamos conhecer a fundo a gastronomia local e também os Airbnb’s eram tão pequenos e tão desprovidos de material para cozinhar, que mesmo se comêssemos em casa seriam coisas já feitas, compradas nas lojas de conveniência. No total eu gastei em restaurantes/street food 158,44€, que dá uma média de 5,66€ por refeição. Atenção que é também fácil saltar refeições porque encontramos um lugar de street food que vende uma coisinha que queremos experimentar, 200 metros à frente outro, e de repente estamos cheios, mas a carteira também fica a pesar menos, porque facilmente nos deixamos levar pelos preços aceitáveis de cada coisa, mas que no bolo final ainda é um preço considerável.
- Em relação a supermercados e afins, todos os dias comprávamos o pequeno almoço e snacks para o dia, tudo já feito e pronto a comer. As lojas de conveniência têm preços ligeiramente superiores aos supermercados, mas é muito difícil encontrar um supermercado, enquanto que encontramos em cada esquina um 7 Eleven, um Family Mart, um Lawson… No total, neste campo, gastei 70,83€, o que dá 4,72€ por dia.
Isto perfaz um total de 229,3€ de gastos em alimentação, aproximadamente 15,3€ por dia, com duas refeições em restaurantes.
Entradas em atracções
Este ponto fica a cargo de cada um. Há muitos templos gratuitos, há muitos que a visita à área é gratuita e que só se paga para entrar nos edifícios em si, e há outros que são totalmente pagos. De qualquer forma os preços são acessíveis, mas obviamente que, se entrarmos em todos os templos, no final o valor ainda é considerável. Eu no total gastei 20€ em entradas em atracções (3 templos em Quioto, o templo de Itskushima em Miyajima e o Castelo de Himeji). Houve ainda três templos e dois jardins que eu tinha considerado pagar para entrar, quando planeava a viagem, mas que lá me foi suficiente ver por fora, no caso dos templos, ou no caso dos jardins, eram bem mais caros do que a informação que eu tinha e achei que não valia a pena.
Souvenirs
Este ponto é mesmo o mais pessoal. Há pessoas que levam prendas para a família toda, outras que não levam nada. Os souvenirs no Japão não são muito baratos. Eu de qualquer forma não tinha planeado comprar nada e tudo o que comprei foram coisas que na altura vi, achei que gostava muito e tinha um preço aceitável. No total gastei apenas 30€.
Total no Japão: 96,5€(transportes) + 229,3€(alimentação) + 20€(entradas em atracções) + 30€(souvenirs) = 375,8€ + taxas de comissão de cambio, que dependem onde se troca o dinheiro ou quanto o banco cobra por movimento
Total: aproximadamente 1400€ para quinze dias, o que resulta em menos de 100€ por dia, sendo que o voo perfaz 1/3 dos custos de viagem!
O que acham? É mais ou menos do que esperavam?
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