Acordei no La Palm Beach Resort antes do despertador tocar. A previsão era de um dia chuvoso e de facto amanheceu cinzento. Faltava mais de uma hora para o pequeno almoço com o resto da tripulação, pelo que decidi ir dar um passeio pelos terrenos do hotel.

Como o nome do hotel indica, este localiza-se mesmo em cima da praia. Chama-se Labadi e nenhum turista faz praia neste lugar porque há mais lixo que areia. Aproximei-me da cerca e um vendedor ambulante meteu logo conversa comigo. A sua alcunha era Coffee e era artista. Vendeu-me um dos seus quadros e convidou-me para descer até à praia onde se via um grande grupo de pescadores. Fui sozinha com a minha câmara, com algum receio, apesar de saber que o Francis, o segurança do hotel, estava a olhar por mim desde o alto do interior do La Palm. Correu tudo bem!

O meu novo amigo explicou-me que os barcos levam as redes para o mar e depois estas são puxadas desde a praia pela força de braços. Os três mais fortes ficam no final da corda, sentados, sempre a puxar e a gritar o ritmo e todos os outros vão puxando em pé e revezando-se para a frente. As duas pontas vão-se unindo até alguns terem de entrar para a água, quando a rede já está muito próxima, até terem o peixe na praia… no meio de muitíssimo lixo! Fiquei bastante impressionada com a quantidade de lixo que tiraram do mar, por onde tinham de vasculhar para encontrar o peixe…

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