Segundo o Google Maps a ponte Carlos ficava a meia hora a pé do meu hotel… eu demorei duas horas a lá chegar! Passo a explicar: o tempo disponível para visitar a cidade não era muito. Saí do hotel por volta das 10h da manhã, depois de já ter chegado na noite anterior bem passava da meia noite, e o voo de regresso para Lisboa era nesse mesmo dia às 19h, o que me dava cerca de 7 horas para deambular. Tinha combinado com o meu amigo Niklas, alemão a viver em Praga há quatro anos, que nos encontraríamos por volta das 12h30 para almoçar. Ele pediu-me para ver a ponte Carlos e a praça do relógio sem ele, pois eram locais onde ele não gostava de passar a um domingo, pela afluência de turistas. Saí do hotel em direção à ponte e logo ao pé do hotel, na rua Lidická me detive maravilhada com os velhos eléctricos que iam passando. Cheguei ao rio Moldova e já se via a colina de Mala Strana ao fundo com a catedral e o castelo no topo. A ponte ficaria no sopé. O problema foram os edifícios maravilhosos que davam para o rio! Desde as fachadas, portas e detalhes em estilos desde o Art Nouveau ao Neoclássico à Dancing House de Frank Gehry, tudo era motivo para parar e fotografar! E as cores desta cidade? Aliás, verão pela quantidade de “fotos iguais, mas todas elas deliciosas”! Quando cheguei à ponte já era meio dia e a pressão para me encontrar a horas com um alemão era alta, pelo que nem a consegui atravessar na totalidade, o que me deixou com alguma pena porque uma das coisas que eu queria era chegar a Mala Strana por aqui (felizmente haverão mais oportunidades para o fazer, uma das vantagens desta profissão!). A ponte em si não estava assim tão cheia como esperado, excepto os seus acessos. Sobre o rio as bancas, que já em 2007 lá estavam, de caricaturistas e artesãos a tentar vender o seu trabalho.

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O combinado era encontrar-mo-nos na estação de Národní třída, ainda a 12min a pé da ponte, pelo que ainda consegui vislumbrar algumas ruas do centro, no caminho. Já com o Niklas, passámos pelo teatro onde podemos encontrar um monumento a Václav Havel, último presidente da Checoslováquia e primeiro presidente da República Checa e firme defensor da resistência não violenta – e também quem dá o nome ao aeroporto de Praga. Depois fomos até um dos seus restaurantes preferidos o Atmosphere Pub Café onde para além de um belo naco de carne bebi uma saborosíssima cerveja checa! Depois de pôr a conversa em dia convenci-o que tínhamos de passar pela praça do relógio, que quando lá chegámos estava coberto por andaimes, pelo que não me aventurei pela praça cheia. Fomos pela rua Parízcká, uma das ruas mais comerciais da cidade novamente até ao rio, para o atravessar e subir a enorme escadaria que leva ao Metronom, de onde podemos ter sucessivas vistas das várias pontes do rio Moldava e da cidade, incluindo a sua curiosa torre de telecomunicações. De aí caminhámos até ao castelo, mas já pela falta de tempo, pois eu tinha de estar em breve no hotel para me preparar para o voo de regresso, demos só uma volta rápida em torno à catedral, já dentro das muralhas. Descemos a colina o mais depressa que as pernas deixavam e no final vacilámos e tomámos o eléctrico por duas paragens pois ao fim de 18km as pernas já não obedeciam ao ritmo imposto pela falta de tempo. Praga é uma cidade que vale totalmente a pena visitar e mal posso esperar pelo próximo night stop para visitar decentemente o bairro de Mala Strana!

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