Directamente depois da minha semana em Paris voei para Roma, para mais quase uma semana de férias entre semestres, antes de regressar para as aulas em Florença. Também aqui tinha alguns amigos de Erasmus, com quem fiquei. Na verdade este roteiro é de cinco dias pois conto o 1º dia com a minha chegada, já bastante tarde.

Dia 2 – Piazza del Popolo, Via del Corso, Panteão, Piazza Navona, Santa Maria in Cosmedin e a Bocca della Veritá, terraço do Monumento a Vittorio Emanuelle II, Santa Maria in Aracoeli, jantar em Trastevere

Neste primeiro dia como turista pedi que me levassem à Piazza Navona e seus arredores. Eles acabaram por me mostrar a cidade quase toda no primeiro dia. Começámos na Piazza del Popolo, que tem uma das portas da cidade, e fomos descendo pela Via del Corso, uma das avenidas principais e mais compridas da cidade, entrando em todas as igrejas que nos pareciam interessantes (o que em Roma é uma tarefa exaustiva, uma vez que há uma igreja em cada esquina).

Continuámos até ao muito esperado Panteão, com o seu óculo na cúpola e os caixotões. Infelizmente não estava a chover, porque adorava estar lá dentro com chuva a entrar.

Chegámos finalmente à Piazza Navona, com as suas várias fontes de Neptuno e dos rios. Ali ao lado, no Campo dei Fiore, estava a acontecer uma feirinha de produtos típicos italianos, como massas de todas as mais variadas formas.

Finalmente “me senti” em Roma quando comecei a ver alguns vestígios de ruínas, como o Forum Boarum. Continuámos, sempre a pé, até à Igreja de Santa Maria in Cosmedin, onde se encontra a famosa Bocca della Verità, uma pedra redonda com uma cara esculpida e um buraco na boca à qual se tem de dizer a verdade, ou esta “morde” – a fila para o fazer era monstruosa, acabei por não o fazer.

Por fim chegámos ao que o meu guia American Express considera como o centro de Roma: A colina capitolina e os foruns. Não o visitei neste dia – não daria tempo para tanto. O que visitámos foi o terraço panorâmico do Monumento a Vittorio Emanuele II (ou Máquina de Escrever, como é comumente conhecido), de onde se tem uma fantástica vista para os vários foruns, o coliseu, o Vaticano e o resto da cidade.

De descida visitámos ainda a igreja de Santa Maria in Aracoeli, imediatamente atrás do monumento, bastante bonita, principalmente porque, pelo seu exterior, não se imagina nada de especial.

De volta ao chão voltámos à Via del Corso até à Piazza Colonna para subirmos a Piazza di Spagna e apanhar o metro para casa – Roma tem metro, mas como a cada escavação encontram vestígios arqueológicos, o metro não serve muito bem a cidade e tem-se sempre de caminhar imenso para todo o lado, coisa que não gostei muito na cidade.

Depois de um pouco de descanso fomos até Trastevere, uma das partes mais bonitas e pitorescas da cidade, jantar a melhor lasanha da minha vida! O restaurante chama-se Carlo Menta, vão lá!

Dia 3 – Forum, Coliseu, Via dei Fori Imperiali, Santa Maria sopra Minerva, Sant’Ignazio di Loyola, crepe de Nutella no Panteão, Fontana di Trevi, Praça de Espanha

Comecei o dia no Forum. É muito maior do que eu imaginava e super impressionte! Tudo o que alguma vez aprendemos nas aulas de história podemos verificar aqui. Sugiro que levem um guia do fórum, para perceberem minimamente o que estão a ver, porque apesar de haver muitas coisas bem preservadas, não deixam de ser ruínas.

Depois passei ao Coliseu, que também me impressionou bastante pois eu só conhecia fotografias do seu exterior e foi super interessante estar lá dentro e imaginar todos os combates e eventos que passaram por aquela arena, ver os “camarins” por baixo da arena, de onde saiam os leões e outras bestas.

Depois continuei pela Via dei Fori Imperiali para ver os outros foruns, que não podem ser visitados, desde cima. Queria ter visitado o Forum de Trajano neste dia, mas não encontrei a entrada e visitei-o no dia seguinte. Obviamente que por motivos práticos faz mais sentido visitar neste, uma vez que já estamos na área.

Deixei as ruínas para trás para ir novamente à praça do Panteão comer um Crepe de Nutella, tão típico daquela praça, e encontrar-me com o meu amigo, que tinha saído da universidade. Pelo caminho visitei mais duas igrejas, a de Santa Maria sopra Minerva, que tem um obelisco sobre um elefante na sua praça e a igreja de Sant’Ignazio di Loyola, com o seu famoso tecto tromp-l’oeil.

Continuámos até à Fontana di Trevi, onde tive de atirar a famosa moeda e enriquecer o estado italiano. Porque eu não estava cansada o suficiente (not!) ainda subimos a escadaria da Piazza di Spagna, visitámos a igreja no topo, bastante creepy, pois tinha uma cerimónia qualquer com pessoas vestidas com uns estranhos trajes brancos, e continuámos até à Villa Borghese para ver a vista.

Nota: não se esqueçam que todos os estudantes de arquitectura e história de arte não pagam entrada em quase todos os museus em Itália.

Dia 4 – San Giovanni in Laterano, Santa Scala, Santa Maria Maggiore, Mercado de Trajano, Museu Capitolino, igreja de Gesù

Comecei o dia numa das mais importantes igrejas de Roma, a de San Giovanni in Laterano (na verdade considerada a catedral de Roma). Depois de visitar o interior e o exterior da catedral passei por uma pequena igreja chamada Santa Scala (scala significa escada em italiano), onde a nave da igreja é uma escadaria, que só pode ser subida de joelhos.

Continuei o meu dia sagrado na Igreja de Santa Maria Maggiore, mais uma das importantes. Na verdade o plano urbano da cidade de Roma foi desenhado para ligar estas igrejas de relevo.

Neste dia encontrei então, acidentalmente, o Mercado de Trajano. É um edifício bastante diferente dos outros fóruns, quase uma cidade ainda perceptível, dentro de um edifício.

Depois continuei para o Museu Capitolino, com a sua Praça Campidoglio à porta. É um museu de arte clássica, com muitas esculturas romanas e vista para o Forum.

Fui ainda à igreja de Gesù, também com um tecto e uma cúpula lindíssimos, que parece pintado em três dimensões.

Dia 5 – Museus Vaticanos, Capela Sistina, Basílica de São Pedro, Castel Sant’Angelo

No dia seguinte deixei por uns momentos Itália e estive no estado mais pequeno do mundo, a Cidade do Vaticano. Apesar de não pagar bilhete, ainda estive algum tempo na fila para o museu. Se puderem, reservem bilhete. A entrada tem uma rampa lindíssima, de arquitectura contemporânea, para mim o que mais gostei do museu. O museu é enorme, e na verdade eles chamam-lhe museus vaticanos, pois cada edifício tem um estilo diferente e daí, serem vários museus. Encontram esculturas, frescos, mosaicos, uma cópia do Panteão e claro, a Capela Sistina, onde não se pode fotografar, e que foi uma desilusão, pois estava cheíssimo de pessoas, com os trabalhadores do museu sempre a gritar para as pessoas estarem em silêncio e não tirarem fotografias, para além de que “Deus e Adão” são só mais um dos frescos do tecto, não têm grande destaque.

Para completar a visita ao Vaticano fomos à Basílica de São Pedro, onde não vimos o Papa. Este templo faz jus ao facto de ser a sede da Igreja Católica, é lindíssimo tanto por fora como por dentro. Subimos à cúpula, uma experiência engraçada pois à medida que se sobe sentimos a inclinação das paredes. No topo conseguimos tirar uma fotografia ao país inteiro!

De volta ao chão vimos alguns elementos da Guarda Suíça e ainda uma caixa postal dos Correios Vaticanos.

Depois fomos a correr para o Castel San’t Angelo para ver o pôr do sol desde o topo. Não chegámos a tempo de ver o sol, mas a vista para o Tibre e toda a cidade valeram muito a pena, com este lusco-fusco.

Dia 6 – Termas de Caracalla, Trastevere, Tempietto San Pietro in Montorio, Santa Maria in Trastevere, regresso

No último dia visitámos as Termas de Caracalla, mais porque os meus amigos nunca lá tinham ido e queriam desenhar estas ruínas.

Depois fomos novamente até Trastevere, uma das minhas partes preferidas da cidade, como já referi. Subimos a colina até à igreja de San Pietro in Montorio para visitar o seu famoso Tempietto, mas infelizmente estava fechado.

A última igreja visitada em Roma foi a de Santa Maria in Trastevere, toda dourada, lindíssima, tal como a praça e as ruas que a envolvem!

Depois apanhámos o autocarro para ver alguma arquitectura contemporânea. Começámos no Museu MAXXI de Arte Moderna, da arquitecta Zaha Hadid, e depois o Auditório do Parco della Musica, do arquitecto Renzo Piano.

O dia culminou com o regresso a Florença de comboio. Para os que não têm tanto interesse em arquitectura contemporânea, pode sempre regressar mais cedo.