Como referi no post anterior, depois de ter visitado o Capitólio, esse enorme edifício cuja cúpula branca nos é familiar, dei uma volta de reconhecimento pelo Mall, onde se encontram a maior parte dos museus Smithsonian. A primeira vez que ouvi falar destes museus foi no filme “À noite no museu 2” e fiquei logo com interesse em visitá-los. Depois de descobrir que são todos grátis, ainda com mais vontade fiquei – a única dificuldade é escolher.
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Há 11 museus para visitar e ainda o bonito Castelo Smithsonian, o ponto de informação do Instituto Smithsonian e sem dúvida o melhor sítio para decidir quais os museus que mais nos interessam, uma vez que tem exposto numa sala uma amostra de objectos que podemos encontrar em cada um dos museus – por exemplo eu tinha a ideia de visitar o Museu da História Americana, para aprender mais sobre a história do país, mas a maior parte dos objectos que tinham em exposição eram relacionados com desporto ou outras actividades em que os norte-americanos se destacaram e não sobre a história do país, em si.
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Todos os museus estão rodeados por bonitos jardins, quase sempre relacionados com o tema do museu. No Museu do Índio Americano encontramos uma vegetação mais desértica/tropical e no Museu Hirshhorn encontramos um jardim de esculturas – o museu é dedicado à arte contemporânea

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O segundo foi um dos museus que escolhi visitar, não só pelo conteúdo do museu, mas pelo próprio edifício, de planta circular, desenhado pelo arquitecto Gordon Bunshaft. O espaço é muito interessante de percorrer, obviamente um circuito linear, sem interrupções ou ângulos rectos. No exterior encontrava-se também uma instalação do artista coreano Lee Ufan, “Open Dimension”, uma forma de ver os jardins asiáticos de outro ângulo. E no interior o “Manifesto: Art x Agency”, uma série de filmes, todos protagonizados pela belíssima Cate Blanchett, que tentavam transmitir o que era cada estilo artístico.
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Entre estes dois museus e o Castelo, todos no lado sul do Mall, encontramos ainda o Museu do Ar e Espaço – onde todos os pilotos vão -, o belíssimo Edifício das Artes e Indústrias, actualmente fechado para recuperação, os pequenos Museu de Arte Africana e Galeria Sackler, o segundo dedicado à arte asiática e ainda a Freer Gallery of Art. Este lado foi o que vi no primeiro dia. 
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No segundo dia passeei pelo lado norte onde encontramos os dois edifícios da Galeria Nacional de Arte, que não fazem parte do Instituto Smithsonian, e que também têm um jardim de esculturas. Atrás encontramos o Museu dos Arquivos de Arte e ao lado o famoso Museu de História Natural, cheio de famílias a entrar. Finalmente o Museu da História Americana e o Museu Afro-Americano, que visitei.
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O edifício é dos que mais se destaca no Mall. O museu, obviamente cheio de Afro-Americanos interessados em conhecer a história dos seus antepassados, está dividido em vários pisos, os superiores relacionados com áreas em que os afro-americanos se destacaram, como o desporto e a música, ou se fizeram notar, como parte da luta pela igualdade, tal como o cinema. Os pisos inferiores abordam a sua história, desde a migração forçada de África para o continente americano – do qual os portugueses foram quem mais escravos traficou -, à luta pela abolição da escravatura que levou à segregação entre brancos e pretos até aos dias de hoje e à eleição do primeiro presidente afro-americano da história do país. Vale sem dúvida a visita, apesar de muito cheio!
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